segunda-feira, 20 de junho de 2011

AS CARTAS QUE VOCÊ NÃO MANDOU


Elas não precisavam ser declarações de amor. Não precisavam ter meias desculpas. Não precisavam contar como e com quem passou esses anos. E nem se seus dias de folga diminuíram. Não precisavam perguntar as minhas novidades. Não precisavam estar acompanhadas de fotos, agrados ou objetos de recordação. Muito menos de promessas, mesmo que fossem verdades.
Elas poderiam vir em branco. Materialmente, vazias.
A minha felicidade estaria no envelope. Bastava eu ler seu nome no remetente e eu entenderia tudo.

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